terça-feira, 29 de abril de 2014

O Gato e seus Mistérios

-o Familiar da Bruxa -


A sua domesticação começou provavelmente há 9000 anos, no Médio Oriente. Ao longo dos séculos, o relacionamento do Homem com o gato foi ambivalente; apesar de ter sido adorado no Egipto, por toda a Europa medieval foi condenado e perseguido como agente do Diabo. Mais tarde, foi progressivamente granjeado um lugar na estima do público, em grande parte devido á sua habilidade para caçar os bichos mais pequenos, tantos nos meios domésticos como nos navios.
É considerado o mais mágico de todos os animais. Felino de natureza enigmática foi e continua a ser um animal sagrado em várias civilizações.
Em práticas ocultistas, diz-se e que o gato é um excelente doador de magnetismo animal, de fluído vitalizador que em determinadas circunstâncias pode ser absorvido pelo homem em seu benefício. Tem igualmente a capacidade de absorver e limpar a energia negativa que nós humanos eliminamos do nosso corpo.
É considerado também como símbolo de vigilância e protecção e até mesmo em muitos templos no Oriente (os budistas da Tailândia e em outros países), a presença destes felinos é uma constante.
Já na psicologia moderna, os gatos são um dos símbolos do princípio ou força feminina.

Na Idade Média os gatos, associados às feiticeiras eram considerados criaturas do demónio e com isso foram perseguidos por cristãos sendo animal demoníaco, de cor preta milhares de gatos foram mortos juntamente com as mulheres que eram acusadas de bruxaria. A partir desta época surgem as superstições.
Na Antiguidade eram vistos como guardiões das almas, possuíam os mistérios da vida e da morte levando assim as almas para o outro Mundo.
A maioria das pessoas tem a ideia que os gatos são preguiçosos e nada mais fazem a não ser comer e dormir… pois bem mas será que é mesmo assim?
Os gatos são seres muitos especiais que com eles trazem uma missão para a nossa vida, sabia?
Estes felinos têm o poder de diariamente remover a energia negativa que se encontra acumulada em nós enquanto dormimos. Se existir mais que uma pessoa numa casa e um só gato, este pode acumular uma grande quantidade dessa energia negativa ao absorve-la de tantas pessoas o que também não é bom para ele.
Quando dormem, libertam toda essa energia que retiraram de nós e se você estiver demasiado stressada(o) eles podem nem ter tempo suficiente para remover essa energia e como consequência acumulam como gordura até que a possa libertar.
Por isso é aconselhável ter mais que um gato e casa para que assim a carga seja dividida por eles.
Também nos protegem igualmente durante a noite enquanto dormimos para que nada negativo chega a nós, dai eles gostarem tanto de dormir na nossa cama.
Se perceberem que estamos bem, podem não dormir connosco, se sentirem que algo estranho pulam todos para cima da cama.
Se alguém visitar a nossa casa e se sentirem uma má energia vinda dessa pessoa, vão andar ao nosso redor mas se cheirarem a pessoa e procurarem ser acariciados então podemos descansar que está tudo bem. Eles próprios dá-nos esse sinais é só uma questão de prestar mais atenção, pois eles sentem quem é bom e quem é mau.
Se não tem nenhum gatinho e por acaso algum entra na sua casa ou vem atrás de si na rua adoptando-a entenda que esse gato se está a voluntariar para a ajudar, sinal que talvez precise de um na sua vida. Agradeça-lhe por a ter escolhido e se tiver outros gatos mas não pode adoptar esse em particular procure então quem o possa fazer, dando-lhe assim a oportunidade de ser feliz e ajudar outra família.
Esse gato chegou a si por algum motivo desconhecido a nível físico mas em sonhos você pode tentar descobrir o porquê.
Pode talvez existir um débito kármico que ele tem que pagar por si. Como tal não mande o gato embora, pois se realmente for assim ele virá ter consigo de qualquer das maneiras.
Os gatos são seres adoráveis e muito especiais e amam acima de tudo quem deles cuida apesar de terem uma forma … diferente de mostrar mas isso não faz com que não seja verdadeiros.
São grandes amigos, companheiros e verdadeiros nos sentimentos, são doces, meigos e fiéis.

Egipto
O gato era adorado como a figura de Bastet, uma Deusa representada com corpo de mulher e cabeça de gato. Representava o símbolo da luz, calor e da energia. Era também símbolo da Lua, acreditando-se que tinha o poder de fertilizar a os solos e os homens, de curar doenças e levar as almas dos mortos. Era venerado em Bubastis, sede do templo da Deusa.
Nesta altura, os gatos eram considerados como guardiões do outro Mundo e era muito comum serem vistos amuletos.

Grécia
Foi associado á fertilidade, ao amor, ao prazer sexual e a Afrodite, assim como a Artémis, Deusa da Caça e da Lua da qual se dizia que teria conseguido escapar de Tiphon, transformando-se num gato.

Roma
O gato esteve ligado a várias Deusas em Roma, a Diana que tal como Artémis na Grécia era a Deusa da Caça, da fecundidade e da Lua. Também Vènus (Afrodite na Grécia) é representada com um gato, uma encarnação das emoções maternas.

Babilônia
Não existe registos de cultos ao gato, apesar de se dizer que o gato teria nascido do espirro de um Leão, pois era considerado um símbolo da realeza.

Celta
Cerridwen tem uma ligação com o culto ao gato com respeito á fecundidade através do seu filho Taliesiu, que foi descrito como um gato de cabeça sarapintada.

Escandinávia
Em lendas nórdicas, Freya Deusa do Submundo, a sua carruagem era puxada por dois gatos e cada um representava as suas qualidades… a fecundidade e a ferocidade.
Na Filândia, acreditava-se que um trenó puxado por gatos levava as almas dos mortos, seria Freya.

Islão
Existem imensos contos que associam estes seres a Maomé, a quem teriam salvo a vida quando uma serpente o atacava. Devido a esta associação, a Igreja Católica conseguiu relacionar o culto do gato com as heresias e o demônio.

Budismo
O gato foi excluído da lista de animais protegidos, diz a lenda que no momento da morte de Buda (em quanto todos os animais se reuniam para chorar os seus restos mortais) manteve os seus olhos secos e tranquilamente comeu um rato… demonstrando assim a sua falta de respeito mas apesar da lenda, foi venerado pelos primeiros budistas pelo seu autodomínio e a tendência para a meditação.
Na China, acreditavam que ter estátuas de gatos para expulsar os maus espíritos, havendo dois tipos de gatos: os bons e os maus que se distinguiam muito bem sendo o mau o que tinha duas caudas.
No Japão, quando um gato morria era enterrado no templo do tutor e no altar do mesmo era feita uma oferenda com uma gato semelhante pintado ou esculpido para assi oferecer tranquilidade e boa sorte no outro mundo.

Judaísmo
O gato só aparece cerca de 500 D.c. Uma antiga lenda hebraica conta que o gato terá sido criado na Arca de Noé quando este em desespero por causa dos ratos pede ajuda a Deus. Eria sido criado então por um sopro de um Leão. Outra lenda Judaico-espanhola diz que Lilith, primeira mulher de Adão transformava-se num vampiro sobre a forma de um gato preto para sugar o sangue de bebés adormecidos e indefesos.

Cristianismo
A Igreja primitiva celta associou vários santos nas tradições pagãs e os cultos ao gato. Santa Gertrudes de Nivelles, é representada sempre com um gato e em França, dizia-se que Santa Ágata transformava-se num gato enfurecido por punir os infiéis. Já na Idade Média, a imagem do gato começou a mudar.

Curiosidades
No ano 1232, Papa Gregório IX funda a Santa Inquisição com o intuito de descobrir heréticos que cultuavam o demônio na figura de um gato preto.
Em 1344, em França o culto de S. Vito queimava anualmente 13 gatos vivos numa gaiola.
Em 1484, Papa Inocêncio VIII difundiu a crença de que as feiticeiras veneravam Satanás na forma de gato. Por toda a Europa, milhares de pessoas inocentes foram torturadas e mortas em nome de Deus e com elas os seus gatos. Milhares de gatos eram sacrificados na Páscoa.
Já na Rússia, os gatos eram amados companheiros. O cardeal Richelieu tinha vários na sua companhia, entre eles um angorá de seu nome Lúcifer.
Com o passar do tempo a perseguição foi diminuindo e a importância dos gatos frente aos roedores é finalmente reconhecida. No séc. XVIII são finalmente abolidas as leis sobre feitiçaria e até mesmo o Papa pio IX rende-se aos encantos destes maravilhosos felinos.




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